Olá amigos!
Finalizando as postagens em homenagem ao 13 de Maio, dia de Pretos-Velhos, hoje vamos falar de um termo muito conhecido entre eles: a mandinga.
Mandinga significa magia, simpatia ou feitiço. Ela pode ser para cura, abertura de caminhos, para ajudar a conseguir um emprego, enfim... no fundamentos da verdadeira Umbanda ela sempre é feita para o bem e pelo bem.
Mas esse termo é muito antigo e originalmente tinha outro significado.
Você já ouviu a expressão “quem não pode com mandinga, não carrega patuá”?
Ela surgiu no tempo da escravidão, onde os Mandingas eram um grupo (ou nação) africano do norte, próximo aos árabes, que acabou por se tornar muçulmano. Com o tráfico de escravos, muitos negros Mandingas vieram parar nas Américas. Porém, os Mandingas eram escravos que sabiam ler e escrever em árabe, além de conhecer a matemática melhor do que os brancos, seus senhores, e este estado superior de cultura de um determinado grupo negro fez com que fossem tidos como feiticeiros, passando a expressão Mandinga a sinônimo de feitiço. Por outro lado, os negros que praticavam o culto aos Orixás eram vistos como infiéis pelos negros mulçumanos.
O branco, aproveitando-se dessa rivalidade e confiando aos mandingas funções superiores que os demais, faziam a animosidade entre eles crescer. Os mandingas não eram obrigados pelos brancos a ingerir restos de comida e até mesmo permitiam que estes trouxessem trechos do Alcorão encerrados em pequenos saquinhos de pele pendurados ao pescoço, o famoso Patuá. Os Mandingas eram, em geral, os negros que ocupavam a função de caçadores de escravos fujões (capitães-do-mato).
Quando um negro pretendia fugir, além de se preparar para lutar sem armas através da capoeira e do maculelê, ele deixava o cabelo crescer e pendurava ao pescoço um Patuá, fazendo-se passar por um Mandinga para não ser perseguido. Mas se um verdadeiro Mandinga o abordasse e ele não soubesse responder em árabe, descarregaria todo seu furor nesse infeliz negro fujão. Daí nasceu a expressão “quem não pode com mandinga, não carrega patuá”.
Mais tarde o hábito de utilizar patuás entre negros foi se generalizando, pois estes acreditavam que o poder dos Mandingas era devido, em grande parte, aos poderes do Patuá.
MAS, AFINAL, O QUE É PATUÁ?
O patuá é um objeto consagrado que traz em si o axé, a força mágica do Orixá ou Guia de luz, a quem ele é consagrado.
Salve os Pretos-Velhos!
Saravá!
Se os orixas fazem o bem porque tem pai de santo fazendo trabalho pro lado do mal usando os orixas. Os orixas aceitam fazer o mal e o bem? Me responda pelo email, arp_mg@live.com
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